“Por quês”
Somos especialistas em fragmentos de notícias e com o mesmo fervor de um convertido, amamos e odiamos, o que nos é imposto.
A incansável curiosidade infantil se perdeu no decorrer da maturidade e os “por quês”, que enlouqueciam os mais velhos, foram esquecidos.
Talvez por não serem incansáveis, como pensavam os adultos; talvez porque agora somos os mais velhos.
Engolimos e aceitamos tudo que nos é apresentado, como neste trecho de “O Papa é Pop” dos Engenheiros do Hawaii:
“…É qualquer nota, qualquer notícia/
Páginas em branco, fotos coloridas/
Qualquer nova, qualquer notícia/
Qualquer coisa que se mova é um alvo/
E ninguém tá a salvo…”
Tudo que se move pode ser alvo. Nunca se falou tanto em estupro, aborto e adoção como nas últimas semanas. Os argumentos foram vomitados sem pudor.
Sabe-se de tudo sem escrúpulos, sem a preocupação com o privado ou com a intimidade, sem o mínimo de empatia.
Por que?
Você já se perguntou o motivo pelo qual estão lhe entregando uma notícia?
Vá a fundo! Mergulhe de cabeça nos “por quês”. Você irá se surpreender!